Ciência mostra a eficácia por trás das máscaras contra o coronavírus
Um acessório que se tornou de uma hora para outra de uso mundial mobiliza estudos de cientistas de diferentes países e é motivo, simultaneamente, de proteção e a. Ao mesmo tempo em que a comunidade científica em todo o planeta persegue a imunização e medicamentos eficazes no combate à COVID-19, estudos tentam quantificar a eficiência das máscaras de tecido, por ora a mais barata e acessível barreira contra o novo coronavírus.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar que governos incentivem o uso da proteção, mas especialistas am: máscara não é vacina nem elimina a necessidade do distanciamento social. E precisa ser usada corretamente, associada a medidas de higiene.
A máscara de três camadas é o modelo recomendado, com base em evidências científicas, não apenas no combate à COVID-19, mas também a viroses como a gripe e doenças bacterianas. A diretriz da OMS recomenda o utensílio com a camada interna absorvente, para reter a umidade da fala; a camada intermediária filtrante; e a externa um pouco menos permeável, para agir como barreira.
Apesar de as máscaras N95 e cirúrgica ‐ que parece fina em comparação às máscaras de pano que têm sido comercializadas ‐ serem mais eficazes, especialistas defendem que o comércio desses itens seja reservado aos profissionais de saúde. "As máscaras cirúrgicas parecem frágeis, mas não são simplesmente um pedaço de tecido: têm um polímero que ajuda nessa capacidade de filtração. Nada ainda supera a proteção de uma máscara cirúrgica e de uma N95", explica a professora da UFMG.
A especialista ressalta que, independentemente do modelo da máscara, é preciso que o acessório esteja bem ajustado ao rosto. Estudos também mostram que, caso tenha qualquer tipo de folga entre a máscara e a face, perde-se a eficácia em aproximadamente 60% ‐ mesmo que seja do tipo cirúrgico. "Tem que estar bem ajustada, para que não haja vazamento na vedação. Se houver falha, é como se você não estivesse usando máscara".